Sabemos tomar decisões
Em Pirkei Avot está escrito: “O que é que nos alegra? Tomar decisões”.
Primeiramente temos de nos dar conta de que a vida é tomar decisões. A cada instante estamos decidindo, o que fazer, o que comer, o que vestir, o que estudar, etc.
De acordo com nossas decisões transcorre nossa vida. Se as decisões que tomamos são corretas, os resultados são bons, senão, os resultados são ruins.
Na Torá está escrito: “Tudo está nas mãos do céu exceto o temor à D’us” (Brachot, 33b).
Isto quer dizer que D’us nos deu livre arbítrio. Através de nosso livre arbítrio podemos decidir qualquer coisa. D’us não interfere em nossa escolha. Ele somente coloca uma situação e nós decidimos o que fazer nela. O resultado depende de nós, de acordo com o caminho escolhido para resolvê-la.
Viver é crescer; estamos aqui para superar-nos.
Cada decisão nos leva a sermos melhores ou não. Muita gente muda sua vida em um minuto, se casa deixa uma carreira, muda de trabalho, etc. Tomar esta classe de decisões apressadamente, pode chegar a ser trágico.
As conseqüências podem custar muito caro. Às vezes, por comodidade, por não nos esforçarmos suficientemente, não procuramos o melhor. E muitas outras vezes, nem sequer tomamos uma decisão, o que é como tomar uma má decisão.
A pergunta é, como tomamos uma decisão?
Em primeiro lugar devemos assimilar certos conceitos. Devemos ser realistas diante da sabedoria. Escutar a quem nos pode ensinar a encontrar aquilo que estamos procurando.
Estarmos abertos para ouvir alguém que traz uma nova informação que pode nos fazer mudar uma decisão para melhor, já que nosso objetivo deve ser buscar a verdade.
Nossos Sábios nos ensinaram: “Seja um juiz, não um advogado”. Isto significa que quando vamos tomar uma decisão, devemos ser como um juiz com nós mesmos, analisarmos a situação, procurarmos suficiente informação, evidências, calcularmos os riscos, tomarmos precauções, basearmos nossa decisão em valores e fator reais e verdadeiros, e não deixarmos que fatores externos nos influenciem.
Pelo contrario, se somos advogados, apenas buscaremos criar provas para defender uma idéia que em realidade não sabemos verdadeiramente se é correta ou não.
Geralmente, sempre temos uma opinião formada sobre temas externos e gostamos de dar conselhos aos outros, mas quando temos de dar uma opinião sobre nossas próprias vidas, nos apressamos e tomamos uma decisão rapidamente.
A princípio, é um pouco difícil tomarmos o tempo para decidir, mas assim como quando aprendemos a dirigir, começamos devagar e cuidadosamente até nos acostumarmos, com a prática também vamos a chegar a tomar as decisões corretas mais rapidamente.
Por que devemos tomar tantas precauções?
A resposta é clara. O ser humano se equivoca, comete erros. E o pior nesses erros é decidir não corrigi-los e persistir em uma idéia sem fundamento.
É por isso que a Torá é tão imprescindível, já que nos ensina como nos corrigir.
Para concluir, nos perguntamos qual é a decisão mais importante de nossas vidas. Nossos Sábios nos ensinam que a decisão mais importante é nos perguntar para que vivemos e buscarmos a resposta, para assim escolhermos sem perda de tempo o caminho a seguir.
Fonte: Projeto Ahavat Israel
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