A história da Maçonaria em Faro, Portugal, remonta ao final do século XVIII.
A primeira loja maçónica na cidade, com o nome de "União", foi fundada em 1796, durante o período do Iluminismo.
No entanto, a presença da Maçonaria em Faro foi interrompida no início do século XIX, devido às turbulências políticas e sociais da época, como as invasões francesas e as guerras napoleônicas.
Foi apenas em meados do século XIX que a Maçonaria voltou a se estabelecer em Faro.
Em 1856, foi fundada a loja "União Algarvia", que se tornou uma das mais importantes da região.
Ao longo dos anos, outras lojas maçónicas foram sendo criadas em Faro, como a "Lusitânia", em 1875, e a "Nova Luz", em 1913.
A Maçonaria em Faro teve um papel importante na luta pela liberdade e pela democracia em Portugal, especialmente durante o período da ditadura do Estado Novo, que governou o país de 1933 a 1974.
Durante o regime salazarista, a Maçonaria em Faro foi perseguida e suas atividades foram proibidas. Muitos maçons foram presos e torturados.
No entanto, a instituição resistiu e continuou a atuar clandestinamente, lutando pelos ideais de liberdade e justiça social.
Após a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974, a Maçonaria em Faro voltou a atuar livremente.
Atualmente, existem várias lojas maçónicas na cidade, que mantêm sua tradição de promover valores como a liberdade, a igualdade e a fraternidade, contribuindo para o desenvolvimento cultural, social e político da região.
Uma das mais prestigiadas Lojas maçónicas pertenceram à Grande Loja Nacional Portuguesa e marcaram profundamente o panorama da Maçonaria em Faro e no Algarve, no seu todo.
NO entanto, relembra-se que durante o período da ditadura do Estado Novo, a Maçonaria em Faro sofreu bastante repressão.
Em 1935, o governo decretou a proibição das associações secretas, o que incluía a Maçonaria.
Muitos maçons foram presos e condenados a penas de prisão, incluindo o maçon Raul Rego, do Grande Oriente Lusitano.
No entanto, a Maçonaria em Faro continuou a existir de forma clandestina, com alguns de seus membros mantendo contato com outras lojas maçónicas em Portugal e no exterior.
Durante este período, a Maçonaria em Faro também foi ativa na luta contra o regime ditatorial, apoiando movimentos políticos que lutavam pela liberdade e pela democracia.
Após a Revolução dos Cravos em 1974, a Maçonaria em Faro pôde voltar a atuar livremente.
Em 1978, foi fundada a primeira loja maçónica após o fim da ditadura em Faro, chamada "Faro-Orion".
Desde então, várias outras lojas maçónicas foram fundadas na cidade, incluindo a "Coralis" e a "Fórum Maçónico Algarve".
Atualmente, a Maçonaria em Faro é uma instituição ativa e respeitada na cidade e na região do Algarve.
Além de promover valores como a liberdade, igualdade e fraternidade, as lojas maçónicas em Faro também se dedicam a projetos sociais e culturais, contribuindo para o desenvolvimento da comunidade local.
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