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Foto do escritorMasonic Press Agency

Prancha do IV Grão-Mestre português | Álvaro Carva

A Maçonaria, diálogo interminável entre o presente e o passado, foi entendida como uma relação entre o homem maçon e a meta de se conseguir uma sociedade mais humana e fraternal. Hoje, tal como ontem, a sociedade obriga-nos a este preceito de forma permanente. Nascem novos homens; renovam-se as nossas preocupações como Instituição de valores, de harmonia, de justiça.


A Maçonaria constituiu desde a sua fundação, um instrumento essencial para questionar o tempo, para resolver conflitos que se multiplicam, para um ideal de paz atingível.


Para não se perderem as referências tradicionais maçónicas, para não se perder a memória coletiva e a ancestralidade dos Mistérios e civilizações, vive-se na Grande Loja Nacional Portuguesa uma cultura marcada pelo estudo, pelos valores e pela natureza que defendemos – a causa maçónica. Independentemente da Obediência nacional representativa de qualquer um dos Maçons, respeitamos opções, critérios e metodologias. Mas acreditamos nas raízes, na tradição e na memória coletiva que regularmente herdamos e representamos em Portugal.


A Grande Loja Nacional Portuguesa é, hoje, indiscutivelmente, uma Obediência de referência nacional e internacional.


Unem-se povos, nesta visão marcada pela marcha da humanidade, dos grandes movimentos históricos, da sua interligação, da sociedade que vivemos, da análise dos sincronismos e diacronismos que estabelecem o ritmo da história dos povos, por mais amplos e complexos que possamos encontrar.


Privilegiamos a história da Maçonaria, a tradição herdada, a história europeia que marcamos, por impulsionarmos a Confederação das Grandes Lojas Unidas da Europa. Projeto fortemente marcado pela simbologia da tradição maçónica e fortemente implementado em muitos dos países europeus e regiões limítrofes.


Relacionamo-nos com Grandes Lojas em todos os Continentes. Com todos, conciliamos respeito, amizade e amor fraternal.


Abrimos e ajudamos a abrir memórias das interações e conexões entre diversos espaços de “diálogo” – normalmente consonante, mas sempre disponíveis para recebermos visões dissonantes entre esta Europa e o resto do mundo. Mas tudo fazemos e os resultados são visíveis, tal como se fez em Quinhentos, com as relações que se teceram e entreteceram, que aproximaram continentes. Hoje, aproximamos povos e cultura, gentes e valores – nada é indiferente.


Muito tem sido feito. Mas cremos que muito há a fazer...


Que esta longa viagem pelo tempo e pelo espaço agrade aos portugueses e contribua para esclarecer muitas dúvidas que assaltam o homem do nosso tempo, quando percebe que sem as suas raízes, sem a tradição, algo parece ficar alienado.


A Grande Loja dos Antigos é vossa. Escreva-nos.


Álvaro Carva, Past-Grão-Mestre da Grande Loja Nacional Portuguesa


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