Paris, a Capital da Maçonaria.
Entre os corredores do Cemitério Père-Lachaise, os templos maçónicos e as praças parisienses, a Maçonaria revela os seus segredos através dos seus símbolos.
Será discreta ou secreta?
O mistério que a envolve alimenta as lendas, mas as portas entreabrem-se para revelar uma parte da sua verdade.
O que mais fascina é a apropriação e a habilidade na utilização destes símbolos. Uma exploração esotérica através de Paris.
Da Pedra Bruta à Pedra Cúbica.
Na sede do Grande Oriente de França (GODF), na rua Cadet, por trás de uma fachada aparentemente moderna, esconde-se um antigo palacete do século XIX que abriga 21 templos.
Estes templos são o local de encontro das lojas maçónicas, onde as "sessões" ocorrem a cada duas semanas sob a direção do "Venerável Mestre", eleito pelos seus pares.
Um templo maçónico é, na realidade, um verdadeiro compêndio de símbolos que deixaram a sua marca na cultura ocidental e que a Maçonaria adaptou à sua maneira.
Sempre desprovido de janelas, ele simboliza na realidade o Templo de Salomão.
A sua disposição é imutável. Apresenta uma forma retangular, com uma entrada a oeste.
A porta de entrada é ladeada por duas colunas gémeas, Jakin e Boaz, em referência ao Templo de Salomão, simbolizando a passagem do profano para o mundo dos iniciados.
A leste, encontra-se o gabinete do Venerável Mestre, sob o "delta luminoso", um triângulo que contém um olho, enquadrado pelo Sol e pela Lua.
À frente do estrado, encontram-se uma pedra bruta e uma pedra cúbica em forma de ponta, representando o caminho a percorrer. De ambos os lados, assentos acolhem os Maçons.
O solo é composto por um mosaico de pavimentos alternando quadrados pretos e brancos, enquanto no teto se estende uma abóbada estrelada.
Na rua Cadet, no coração da sede labiríntica do GODF, as épocas sobrepõem-se.
O templo Arthur-Groussier, datado de 1850, é um dos mais notáveis, reservado para visitas de personalidades e políticos.
O templo Lafayette, adornado com bandeiras da Independência Americana, é, por sua vez, o mais espetacular.
Finalmente, do ponto de vista patrimonial, o templo Joannis Corneloup, inaugurado em 1924 num estilo Art Déco, destaca-se como uma peça única.
Neste passeio esotérico por Paris, descubra como a Maçonaria entrelaça subtilmente a sua história com a da Cidade Luz.
O túmulo de Charles Voisin, um maçon do século XIX, no Cemitério Père-Lachaise em Paris.
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