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O Terceiro Olho e a Maçonaria: uma viagem ao encontro do inefável

O Terceiro Olho e a Maçonaria: uma viagem ao encontro do inefável



Entre os símbolos mais intrigantes da espiritualidade e da tradição esotérica, o terceiro olho surge como um poderoso arquétipo da consciência expandida. Presente em filosofias orientais como o budismo e o hinduísmo, este símbolo encontrou também eco na Maçonaria, onde é entendido como o olhar interior que conduz o iniciado à descoberta de si mesmo e do que transcende a realidade visível.


A Maçonaria, enquanto via iniciática, não se propõe a oferecer respostas fechadas, mas sim a estimular o questionamento e o autoconhecimento, através de rituais simbólicos e ferramentas como a pedra bruta, o esquadro ou o compasso. Estes não são apenas utensílios metafóricos: representam etapas do trabalho interior que o maçon realiza ao longo da sua jornada, rumo à harmonia entre o corpo, a mente e o espírito.


Um caminho de silêncio e contemplação


Na tradição maçónica, o inefável — aquilo que escapa às palavras e à lógica — não é ignorado, mas sim acolhido como parte essencial da experiência espiritual. Tal como o amor ou a arte nos tocam de forma inexplicável, também o inefável se revela nas entrelinhas do quotidiano, no silêncio da meditação ou na serenidade da contemplação. O terceiro olho, nesse contexto, é o símbolo da visão que transcende a aparência, do olhar que reconhece o sagrado mesmo no mundano.


O Grande Arquiteto e a busca interior


A Maçonaria reconhece a existência de um princípio criador, designado como o Grande Arquiteto do Universo. Esta entidade, porém, não é definida por dogmas religiosos. É antes uma expressão do absoluto, uma realidade suprema que cada iniciado é convidado a procurar, segundo a sua fé ou filosofia pessoal. Neste processo, o terceiro olho é visto como a faculdade espiritual que permite perceber a verdade além das dualidades — bem e mal, luz e sombra, razão e intuição.


Mais do que uma doutrina, uma prática viva


Num mundo cada vez mais ruidoso e disperso, a Maçonaria oferece um espaço de recolhimento e disciplina, onde o conhecimento não é imposto, mas construído através da experiência. A abertura do terceiro olho não acontece por acaso — exige preparação, introspeção e coragem para enfrentar a escuridão interior. Tal como os operários da lenda de Hiram Abiff, os maçons são construtores do seu próprio templo, pedra a pedra, gesto a gesto.


Uma viagem pessoal com impacto universal


Procurar o inefável é, no fundo, procurar o nosso lugar no universo. A Maçonaria ensina que a verdadeira sabedoria não se impõe, conquista-se. E essa conquista começa quando ousamos parar, escutar o silêncio e abrir os olhos — não os físicos, mas o terceiro olho, que habita no centro do ser. Quando esse olhar desperta, percebemos que o inefável não é um destino longínquo, mas um estado de presença, de plenitude, onde o mistério deixa de ser um obstáculo e passa a ser um companheiro de jornada.



Representação do Terceiro Olho na Tradição Maçónica
Representação do Terceiro Olho na Tradição Maçónica

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