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O Silêncio das Estrelas - Poema memorável

O Silêncio das Estrelas


Quando a noite cai, suave véu da eternidade,

E o mundo adormece no seu abraço de saudade,

Ergue-se no céu um cântico de luz,

Onde cada estrela, em silêncio, conduz.


As estrelas, guardiãs de sonhos e mistérios,

Cintilam histórias nos seus reverbérios.

São faróis antigos, guias da travessia,

Testemunhas do tempo, portadoras da magia.


Sob a cúpula celeste, em noites sem fim,

O universo sussurra segredos em latim.

No silêncio profundo, encontra-se a essência,

De um cosmos vasto, em perpétua existência.


As árvores, no seu murmúrio constante,

Contam lendas antigas de um tempo distante.

Os seus ramos, em prece, tocam o infinito,

Onde o passado e o futuro são um só escrito.


O vento, mensageiro de terras e mares,

Traz consigo perfumes e suaves cantares.

Ele dança entre os campos, nas ondas do mar,

Levando consigo promessas a recordar.


O mar, no seu eterno e rítmico bramir,

Canta a canção das almas que ali vêm unir-se.

Cada onda, um verso, cada maré, um refrão,

Ecoa o pulsar de um coração.


E nós, efêmeros viajantes do tempo,

Em cada respiração, em cada momento,

Desvendamos o enigma do nosso ser,

Procurando no silêncio o que há por viver.


Pois é no calar da noite, na estrela a brilhar,

Que encontramos a paz, o sentido do estar.

O silêncio das estrelas, na sua calma, nos guia,

Para um destino de luz, amor e harmonia.


Na vastidão do cosmos, onde o tempo se desfaz,

Somos notas de uma melodia que jamais se esvai.

E assim, na quietude do existir,

Descobrimos que a verdadeira obra-prima é sentir.


@AC

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