O Silêncio das Estrelas
Quando a noite cai, suave véu da eternidade,
E o mundo adormece no seu abraço de saudade,
Ergue-se no céu um cântico de luz,
Onde cada estrela, em silêncio, conduz.
As estrelas, guardiãs de sonhos e mistérios,
Cintilam histórias nos seus reverbérios.
São faróis antigos, guias da travessia,
Testemunhas do tempo, portadoras da magia.
Sob a cúpula celeste, em noites sem fim,
O universo sussurra segredos em latim.
No silêncio profundo, encontra-se a essência,
De um cosmos vasto, em perpétua existência.
As árvores, no seu murmúrio constante,
Contam lendas antigas de um tempo distante.
Os seus ramos, em prece, tocam o infinito,
Onde o passado e o futuro são um só escrito.
O vento, mensageiro de terras e mares,
Traz consigo perfumes e suaves cantares.
Ele dança entre os campos, nas ondas do mar,
Levando consigo promessas a recordar.
O mar, no seu eterno e rítmico bramir,
Canta a canção das almas que ali vêm unir-se.
Cada onda, um verso, cada maré, um refrão,
Ecoa o pulsar de um coração.
E nós, efêmeros viajantes do tempo,
Em cada respiração, em cada momento,
Desvendamos o enigma do nosso ser,
Procurando no silêncio o que há por viver.
Pois é no calar da noite, na estrela a brilhar,
Que encontramos a paz, o sentido do estar.
O silêncio das estrelas, na sua calma, nos guia,
Para um destino de luz, amor e harmonia.
Na vastidão do cosmos, onde o tempo se desfaz,
Somos notas de uma melodia que jamais se esvai.
E assim, na quietude do existir,
Descobrimos que a verdadeira obra-prima é sentir.
@AC
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