Os malhetes destinam-se a produzir sons em momentos importantes do ritual, através de pancadas ritualísticas.
Esses sons propagam-se através de ondas criando campos sonoros que produzem vibrações recebidas pelos objectos e participantes no ritual.
Ao serem produzidos os campos sonoros intensificam a singularidade da situação em que o espaço é modificado substancialmente, produzindo, deste modo, “estados de ser” que se identificam com as substâncias formadoras das alteridades presentes.
Em linguagem vernácula, chama-se a isto "estar na mesma onda"….
Estes sons, que podem ser produzidos por outros objectos, como por exemplo numa das viagens do ritual de iniciação, São “máscaras” agenciadoras, ou se preferirmos, portais perceptivos dos participantes, com o objectivo de os harmonizar pela reação do ouvido e corpo à mesma vibração.
Esta técnica é utilizada, desde os primórdios da humanidade até hoje, nos mais diversos rituais.
É esta a função dos malhetes.
Mas é uma opinião pessoal.
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