Um mistério divino ou explicação científica?
Lá no Missouri, uma história se conta,
De uma freira chamada Wilhelmina, a encantar.
Quatro anos após o seu enterro, eis que se encontra,
O seu corpo intacto, sem sinais de se degradar.
Peregrinos vêm de longe, curiosos a espreitar,
O fenómeno que ali se desenrola.
Num caixão de madeira, rachado a estalar,
A freira jaz, sem decomposição, numa escolha.
Fundadora das Irmãs Beneditinas de Maria,
Em maio de 2019, Wilhelmina partiu.
Exumada para o mosteiro, eis o que se via,
O seu corpo e hábito, sem sinais de se consumir.
No catolicismo, "incorruptos" são nomeados,
Aqueles que resistem à degradação.
Sem embalsamar, por graça divina abençoados,
Wilhelmina seria a primeira afro-americana em tal condição.
Mas a santificação ainda não se iniciou,
E o bispo Johnston pede prudência.
Não toquem nem venerem o seu corpo,
Tratá-lo como relíquia não é ciência.
Especialistas, contudo, não se admiram,
Com a preservação da freira estimada.
Nicholas Passalacqua esclarece, sem delongas,
Que em quatro anos, é normal tal achado.
Mesmo assim, peregrinos seguem e chegam,
Ao Missouri, para a freira admirar.
Agora envolta em vidro, na capela a repousar,
Wilhelmina Lancaster, um mistério a desvendar.
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