Depois de nos despedirmos da vida passamos a ser uma parte do Infinito.
Enquanto vivos, somos indivíduos, seres portadores de uma consciência própria. Esta individualidade aparenta um sentido de oposição. Somos do mundo mas opomo-nos a ele, na pretensão de o querermos interpretar.
Isso dá-nos a percepção clara da nossa limitação. Os segredos do mundo ultrapassam sem contestação os saberes do Eu.
Tudo muda a partir da morte. Voltamos ao ventre fecundo de que viemos. Já não carecemos de interpretar coisa nenhuma, uma vez que a nossa consciência se encontra derramada pela Consciência do Universo. Passamos novamente a ser parte dele, porque já deixámos de ser individuais. Passamos a ser a Alma do Mundo de uma forma perfeita e saciada.
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