"NÃO! O Estadão não tem absolutamente nada que cheirar na minha esfera metafísica ou iniciática.
"NÃO! O Estadão não tem absolutamente nada que cheirar na minha esfera metafísica ou iniciática. Perdoem, portanto, esta minha carta de amor à Maçonaria, missiva que muitos acharão ridícula e anacrónica, não reparando que mais ridículo ainda é o facto de cada vez menos gente estar apaixonada para escrever cartas de amor às fraternidades cívicas que aquecem, em sagrado, o desalmado. Apenas quero viver como comunitariamente me penso, em cadeia de união, sem pensar muito como, depois, vou ter de viver, com a chusma das fichas das pertenças desvendadas. Infelizmente, um maçom, quando publicamente se assume, está sempre amarrado a uma situação de inferioridade dialética, perante quem confunde a transparência com “voyeurismo” sensacionalista da “ortodoxia das massas”. Não é por esse atalho que consegue compreender-se a tal vida iniciática que “é uma vida e não uma doutrina – isto é, um estado de alma formado de emoções e intuições, que não de ideias ou de teorias”, como o afirmou Fernando Pessoa e que aqui gloso." (JAM, in Expresso, 01.04.2021)
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