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Maçons Contestam Expulsão do Grande Oriente Lusitano em Tribunal Civil

Maçons Contestam Expulsão do Grande Oriente Lusitano num Tribunal Civil em Portugal


Maçons alegam que irradiação da maçonaria deveria ter sido precedida de um processo disciplinar com a respetiva acusação. O que não terá sucedido.



Um grupo de cinco maçons recorreu a um tribunal comum ("profano", segundo os ritos maçónicos, por ser alheio à Obediência) para anular a sua expulsão do Grande Oriente Lusitano (GOL), uma organização maçónica portuguesa.


O processo, inédito na história da maçonaria, já deu entrada no Juízo Local Cível de Lisboa e tem como réus o próprio GOL e o Grémio Lusitano, organização que faz a ponte entre a maçonaria e o mundo "profano", soube o MyFraternity.


De acordo com as informações recolhidas pela VISÃO entre vários maçons, o recurso aos tribunais comuns por parte dos cinco autores da ação cível – António Martins Ferreira, Camilo Santos Cruz, Rui Lopes Dias e João Nogueira de Almeida, todos ligados à Loja Egregora de Coimbra – deveu-se ao fato do processo de expulsão não ter, aparentemente, seguido todos os trâmites legais previstos na Constituição do Grande Oriente Lusitano, documento de base da instituição, similar à Constituição da República Portuguesa.


Os cinco queixam-se que a decisão de irradiação – "abatimento de colunas", em linguagem maçónica – foi tomada sem existir um verdadeiro contraditório, não lhes dando a oportunidade para apresentarem a sua defesa.


Além disso, consideram que a sanção aplicada foi exagerada, tendo em conta a infração em causa, a qual a VISÃO não conseguiu apurar.


Disputa Maçónica Levada a Tribunal Civil: Expulsão de Cinco Membros do GOL em Debate


Os maçons expulsos argumentam que a sua irradiação foi realizada de maneira sumária e sem o devido processo disciplinar, que deveria incluir a acusação formal e a possibilidade de defesa.


Este procedimento, segundo eles, é essencial para assegurar a justiça e a transparência dentro da organização.


A Constituição do Grande Oriente Lusitano, que guia os procedimentos internos da maçonaria, estabelece claramente os passos a seguir em casos de infração.


No entanto, os cinco autores da ação alegam que esses passos não foram respeitados, o que motivou o recurso ao tribunal comum.


Processo Inédito na Maçonaria Portuguesa: Membros Expulsos Levam Caso a Tribunal Profano


Enquanto o processo segue nos tribunais, Fernando Cabecinha foi recentemente reeleito Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, o que indica uma continuidade na liderança da organização.


A reeleição de Cabecinha pode ter um impacto significativo no desenrolar do caso, dado o seu papel central na governação do GOL.


Este caso inédito levanta questões sobre a forma como a maçonaria lida com as questões disciplinares e a transparência dos seus processos internos.


A decisão do tribunal poderá estabelecer um precedente importante para futuras disputas internas dentro da maçonaria portuguesa.


A situação continua a ser acompanhada de perto tanto pelos membros da maçonaria quanto pelo público em geral, que aguarda uma resolução justa e transparente deste caso que mistura tradição, disciplina e justiça.


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