top of page
Foto do escritorMy Fraternity

INSTALAÇÃO DO VENERÁVEL MESTRE

INSTALAÇÃO DO VENERÁVEL MESTRE

(agora, completo)


Em tempo de instalação dos dirigentes das nossas Respeitáveis Lojas Maçónicas, é oportuno recordar que o Grau de Mestre foi instituído tardiamente na Maçonaria Especulativa, pois que na Operativa apenas haviam Aprendizes e Companheiros, sendo o Mestre o Companheiro mais antigo e experiente que dirigia os trabalhos.


A tomada de posse do Venerável Mestre… nome que tomou o líder eleito e que vem da tradução da palavra inglesa “worshipful” (evitando outras… mais caricatas), não tinha cerimonial especial; mas rapidamente foi criada cerimónia ritual em redor de uma lenda acerca da visita do Rei Salomão à obra do seu Templo, e do seu encontro com o Mestre Hiram Abiff, que dirigia os trabalhos… e de como este se aprestou a ajoelhar, e de como o Rei não lho permitiu… amparando-o, e com passos seguros, o agarrou pelos ante-braços fazendo-o recuar, subir ao Oriente, até o sentar na cadeira de onde governará a Câmara do Meio (a Cadeira de Salomão… precisamente)… e a Oficina.


Daqui cada um retirará o que lhe aprouver… incluindo a de que, no cargo, o Venerável vai “servir” e não “ser servido” (a minha leitura mais imediata)… e de que replicará com os Obreiros a mesma atitude que teve consigo o Mestre Instalador... o que o pode proteger de falsos humildes e lambe-botas.


Mas o certo é que a coisa, sendo feita a preceito, é carregada de sentido maçónico (daquele que quase se corta à faca)… pois é apenas presenciada por um Colégio de Mestres Instalados (antigos… ou past-Veneráveis), dirigidos por um Mestre Instalador (que em geral emana do Grão-Mestre… quando não é ele próprio)… mas que tem existência efémera, dissolvendo-se no final da cerimónia, quando os restantes membros da Loja são admitidos no Templo… e veem o seu chefe já sentado e instalado.


É por isso… pela intensa marca que esta cerimónia nos deixa, que alguns past-Veneráveis assinam após o seu nome com M:.I:. (Mestre Instalado), que não deve (nem pode) ser confundido com um Grau… pois é uma Qualidade que em algumas Oficinas dá acesso ao Oriente.


E é isto um resquício de um tempo em que o Grande Oriente de França governava até ao Grau 18º (Cavaleiro Rosa-Cruz), em contenda aberta com um Supremo Conselho (o costume)… e para marcar posição elevou o Oriente (3 degraus) e colocou-lhe uma balaustrada (que ainda lá estão)… e ali só se sentavam Cavaleiros com o dito Grau.


A desavença sanou-se com a separação definitiva entre Maçonaria Simbólica e Filosófica, e os past-Veneráveis tomaram o Oriente, independentemente do Grau que tenham.


Tudo o mais que lá esteja... está um pouco a mais.


@ Baruk Spinoza


Tags:

0 comentário

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page