A Revolução Silenciosa: Mulheres na Maçonaria Francesa.
O Grande Oriente de França (GODF), a maior obediência maçónica em França, tomou uma decisão histórica na noite de quinta-feira, encerrando um tabu secular.
Após décadas de oposição à integração das mulheres, a liderança do GODF concordou em modificar o seu regulamento geral, permitindo que as lojas maçónicas iniciem as mulheres. Além disso, as mulheres agora têm permissão para se candidatar.
Em França, a integração de mulheres nas lojas maçónicas não é em si uma novidade revolucionária.
A famosa feminista do século XIX, Maria Deraismes, tornou-se a primeira mulher francesa a ser iniciada na maçonaria em 1882.
Duas décadas depois, a revolucionária Louise Michel juntou-se à Grande Loja Simbólica Escocesa.
No entanto, a abertura do GODF às mulheres representa um evento significativo na história da maçonaria francesa.
O convento que reúne os delegados das 1.200 lojas do GODF manifestaram-se, em 2009, com 56% dos votos contra a "mistura" de géneros.
Esse resultado foi contrário aos desejos do então Grão-Mestre, Pierre Lambicchi, que liderava a obediência fundada em 1773.
Na noite de quinta-feira, durante o convento anual, Pierre Lambicchi foi substituído por Guy Arcizet, de 67 anos de idade.
Esta mudança é vista como um marco significativo na maçonaria francesa e representa um passo importante em direção à igualdade de género no âmbito da maçonaria.
A integração de mulheres nas lojas maçónicas do GODF é um desenvolvimento histórico que será acompanhado de perto pela comunidade maçónica internacional.
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