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Escolas do Norte de Portugal dominam o ranking do ensino secundário: interior e projetos educativos em destaque

Há 10 anos, uma escola pública das Caldas da Rainha quebrava a tradição.


Uma década depois, a Secundária Raul Proença mantém-se nos lugares cimeiros, e a presença de escolas do interior, como Vouzela e Mortágua, no pódio das melhores notas é cada vez mais comum.


Norte de Portugal domina o ranking


Ao analisar as 20 primeiras posições da tabela de escolas do ensino público, verifica-se que 8 distritos estão representados, nenhum a sul de Lisboa. 


O Porto lidera com 6 escolas, seguido de Viseu (4), Leiria (3) e Aveiro (2). Viana do Castelo, Vila Real e Coimbra completam a lista.


Sul do país com menos professores e mais rotatividade


Segundo Manuel Pereira, diretor do Agrupamento de Escolas de Cinfães e presidente da ANDE, ao Expresso, disse que a falta de professores, principalmente na Grande Lisboa, Algarve, Setúbal e Alentejo litoral, aliada à grande rotatividade, afeta negativamente os resultados das escolas do sul. 


No norte, a situação é mais favorável, com maior concentração de professores e menor rotatividade.


Viseu destaca-se com escolas de qualidade


Viseu destaca-se no ranking, com a Secundária Alves Martins, mas também com as Secundárias de Vouzela, Mortágua e Oliveira dos Frades. 


Estas escolas, tal como outras em concelhos do interior, têm em comum a sua dimensão reduzida, o que permite um maior acompanhamento dos alunos e uma maior articulação entre ciclos.


Projeto educativo e parcerias com a comunidade fazem a diferença


O projeto educativo e as parcerias com a comunidade são outros fatores que contribuem para o sucesso destas escolas. 


Prova disso é a Escola de Arcozelo, em Ponte de Lima, que tem um terço de alunos carenciados e onde, apesar disso, consegue alcançar a mesma média que a Secundária Filipa de Lencastre em Lisboa, onde as mães são licenciadas e há menos de 5% de alunos desfavorecidos.


Ensino artístico em alta


Os rankings confirmam ainda o sucesso dos alunos do ensino artístico, com 4 conservatórios (música e dança) entre os 10 primeiros lugares da tabela geral, independentemente do número de exames realizados.


Os resultados do ranking demonstram que, com projetos educativos adequados, parcerias com a comunidade e um corpo docente estável e experiente, é possível contrariar as desvantagens socioeconómicas e alcançar excelentes resultados escolares. 


O interior do país (BRAGANÇA) e o ensino artístico são exemplos a seguir.


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