Desvendando as Raízes Profundas da Maçonaria: Uma Jornada pelas Antigas Tradições e Ciências Místicas
Nos Anais da Maçonaria: Um Retorno às Origens
A Maçonaria moderna, com seus rituais, símbolos e princípios, tem raízes profundas que se estendem às antigas tradições dos artesãos na Idade Média.
Uma exploração das Constituições de Anderson de 1723 leva-nos a uma fascinante jornada pelas confrarias de artesãos conhecidas como 'Collegia' romanos, um elo crucial entre a Maçonaria e as tradições antigas.
O Eco dos 'Collegia' Romanos: Artesãos e Templos Sagrados
Os 'Collegia' romanos, associações de artesãos na Roma antiga, não eram apenas grupos profissionais, mas centros de aprendizagem e desenvolvimento espiritual. Esses artesãos, engajados na construção de edifícios sagrados e templos dedicados aos deuses tutelares, não apenas melhoravam as suas habilidades, mas também desempenhavam um papel significativo no crescimento espiritual dos seus membros.
A Geometria, uma ciência liberal venerada, era parte integrante dessas tradições.
Os 'Collegia' romanos realizavam cerimónias de iniciação onde os segredos da arte, gestos e sinais de reconhecimento eram transmitidos aos novos membros.
Essas práticas tinham raízes nas tradições gregas, persas e egípcias, especialmente nos "mistérios" partilhados pelas civilizações antigas, como os Mistérios de Eleusis.
Da Queda à Ressurgência: A Sobrevivência da Maçonaria
Mesmo após o advento do Cristianismo, a Maçonaria persistiu.
Vestígios históricos indicam a existência dos 'Collegia' nos séculos VII e VIII, mas a sociedade feudal, com suas próprias dinâmicas, não tolerava profissionais que não juravam lealdade a um líder religioso.
Os 'Collegia' eventualmente desapareceram, e seus membros procuraram refúgio em conventos e mosteiros, os únicos centros culturais e de conhecimento numa era mergulhada em obscuridade.
A Linhagem Maçónica: Uma Herança de Conhecimento
A tradição maçónica foi transmitida de geração em geração.
É razoável supor que Adão tenha instruído os seus filhos na Geometria, e personagens como Caim e Sete desempenharam papéis cruciais na perpetuação desse conhecimento.
As antigas tradições, amalgamadas com as influências do Egito, foram levadas pelos descendentes de Noé durante a dispersão após a Torre de Babel.
A Geometria no Egito: Mitos, Pirámides e Ensino Sagrado
O Egito, berço das civilizações antigas, recebeu as tradições maçónicas através de Mitzraim, filho de Ham. A aplicação da Geometria na construção das pirâmides atesta a fusão da ciência e da maçonaria.
As inúmeras cidades esplêndidas construídas por Nimrod, após a dispersão, destacam a habilidade maçónica preservada em Shinar e Assíria.
Do Deserto ao Templo: Maçonaria nas Mãos de Moisés
Durante o êxodo dos israelitas, Moisés, um hábil conhecedor da aprendizagem egípcia, inspirou construtores como Bezaleel e Aholiab para erguerem o Tabernáculo.
Embora não fosse de pedra, essa obra-prima arquitetónica, baseada na Geometria, serviu como modelo para o Templo de Salomão.
A Proliferação Maçónica: Além das Fronteiras de Canaã
Após a posse de Canaã, os israelitas exibiram a sua maestria na Maçonaria, rivalizando com os antigos habitantes.
As influências da aprendizagem egípcia foram imortalizadas nas suas fortificações, casas urbanas e palácios.
O templo de Dagon em Gaza, uma maravilha arquitetónica dos filisteus, destaca a perícia maçónica desses povos.
As Ramificações Globais: Maçonaria nos Reinos de Jafé, Sem e Além
Os descendentes de Jafé, que viajaram para as ilhas dos gentios, e os de Sem, especialmente aqueles nas regiões do sul e leste da Ásia, contribuíram para a Maçonaria. A linhagem santa de Sem, incluindo Abraão, propagou a aprendizagem egípcia e a Geometria.
@ Texto inspirado nas Constituições de Anderson de 1723
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