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Se bate nos filhos e na mulher será bom pai?

Nos tribunais de menores, em Portugal, mantêm-se processos de pais agressores (dos menores e, por vezes, das mulheres) com todo o contacto com os filhos. Duram anos: audições, conferências, adiamentos. Em todo este tempo, os filhos e as mães são sujeitos a uma brutal violência judicial.


Sara Montez, há anos, escreveu o livro "Vidas Suspensas", com testemunhos das lutas nos tribunais pelos filhos de mulheres vítimas de violência doméstica.


Toda a estrutura – juízes, magistrados, CPCJ – ´parece estar inquinada contra estes filhos e contras as mulheres. Já houve, entretanto, alterações legislativas e no bom sentido.


Os juízes, acreditamos, também têm alterado a postura e feito um bom caminho, o que é muito saudável.


Porém, as instâncias judiciais e aquelas que são os seus braços (CAFAP, por exemplo) foram, e parecem continuar a ser, cúmplices dos homens agressores, na perseguição, violência reiterada e controlo dos filhos e das ex-mulheres.


Chegámos a conhecer casos de agressores sabendo da morada das ex-mulheres, às vezes em casas-abrigo, à conta dos direitos que os tribunais de menores lhes garantiam para as visitas.



Crianças em permanente pânico, que os pais voltassem a agredi-las, aquando das visitas; e, em pânico, se agredirem as mães nessas visitas.


Ou juízes atrás de juízes considerando que agressores domésticos condenados, afinal são pais maravilhosos.



Há casos em que ficaram até com a guarda exclusiva dos menores.



Como é possível considerar que um homem violento que bate nos filhos e na mulher será bom pai?


Julgam que é um anjo levado à loucura pela harpia maldosa com quem vive?


2 comentários

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Guest
Jul 01, 2022

Uma triste e revoltante realidade em Portugal.

Quantas crianças precisam de morrer ou sofrerem às mãos dos agressores, para que os tribunais defendam efectivamente as crianças?

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My Fraternity
My Fraternity
Apr 22, 2023
Replying to

É realmente uma realidade triste e revoltante em Portugal, e é importante que todos nós, como sociedade, exijamos ações mais efetivas dos tribunais para proteger as crianças. Infelizmente, não há um número específico de crianças que precisam sofrer antes que as mudanças aconteçam, mas é essencial que continuemos a falar e a lutar pelos direitos e proteção das crianças. Juntos, podemos fazer a diferença.

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