REFLEXÃO
A Maçonaria em geral, e os ritos em particular, foram buscar conceitos e inspiração a outras fontes externas, como a religião, nomeadamente a bíblia, autores clássicos, filósofos, lendas, mitos, etc., que reinterpretaram e adaptaram, e muitas vezes até acrescentaram.
Sucede que muitas destas fontes ao serem reinterpretadas e adaptadas pela maçonaria e ritos, foram muitas vezes descontextualizadas e explicadas erradamente.
E com base nisso escreveram-se livros, inventaram-se rituais, surgiu uma tradição, que constitui o desiderato de uma “filosofia” própria”, transmitida entre as várias gerações de maçons.
O problema é que se lê, pratica e ouve, sem questionar a razão, e sobretudo, a correcção da forma como tudo foi recebido, adaptado e acrescentado pela maçonaria.
Não é novidade que é isto que muitas vezes acontece… Gerações de maçons são meros papagaios do que lêem ou ouvem e imitadores de tudo o que vêm.
Para que tal não aconteça é preciso que o maçon utilize sempre no seu trabalho o princípio científico da “dúvida metódica”, questione sempre a correcção do que lê, ouve ou pratica, averigúe o fundamento e objectivo de tudo, e aprenda a rejeitar tudo o que é puramente especulativo e não sustentado num pensamento minimamente lógico e racional.
Onde simplesmente se papagueia não há pensamento ou ideias originais; Onde apenas se imita não há novidade nem progresso.
É esta talvez uma das razões da estagnação da nossa querida Maçonaria.
Marco Aurélio M.’. M.’., em Viagem
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