A Lei está para o advogado como uma tábua está para o carpinteiro.
Este, antes lhe meter a plaina ou o formão, tem que saber em que sentido se orienta o veio da madeira de que é composta; o advogado faz a mesma coisa com a lei, ao entrar nela com a sua plaina ou o seu formão, isto é, com o processo que tiver em mãos, tendo em vista enquadrá-lo devidamente.
Pior do que o atitude de "habilidoso" do advogado, é o espírito corporativo da classe dos juizes que, em último recurso, são quem decide. E cujas decisões incompreensíveis, não fora a competência dos advogados, trariam à comunidade muito mais dano...
Repare, num tribunal, o advogado representa o indivíduo, e tem dois adversários logo à partida: o procurador e o juiz. O procurador acusa, a ponto de, há muitos anos atrás, ser considerado "O aterrador".
O Juiz julga, e julga em nome do Estado. Entre os dois, está o acusado, o que infringiu a lei sem ter a menor ideia do que infringiu.
E haverá maior justiça do que ter esse pobre diabo, analfabeto muitas vezes, ao seu lado um "ratão" que equilibre uma luta tão desigual ?.
@ F. S