Escândalo Sexual Envolve Juíza do Caso Manuel Pinho e Ricardo Salgado
Margarida Ramos Natário, a juíza que faz parte do coletivo que está a julgar Manuel Pinho e Ricardo Salgado, foi envolvida pelo marido, antigo quadro do Grupo Espírito Santo, num escândalo sexual que alvoraçou os tribunais da Grande Lisboa.
Miguel Rio Tinto, alto quadro do Grupo Espírito Santo, e a mulher, a juíza Margarida Ramos Natário, eram um casal próspero e o espelho da felicidade: moradia na exclusiva Quinta da Marinha, em Cascais, apartamento de luxo na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, um Ferrari, dois jipes, moto, além de contas-poupança e seguros de capitalização — tudo à custa das remunerações que ele recebia através de uma conta sediada no estrangeiro e titulada pela Enterprises Management Services, antiga ES Enterprises, ou seja, o ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo.
Juíza Margarida Ramos Natário envolvida em escândalo sexual e financeiro.
O mundo quase perfeito do casal ruiu em agosto de 2014 com o anúncio da derrocada do grupo financeiro comandado por Ricardo Salgado. Miguel Rio Tinto temeu que lhe assacassem responsabilidades pela falência — e tratou de pôr o património ao fresco.
Fê-lo com a conivência da mulher, Margarida Ramos Natário, então juíza no Tribunal de Sintra.
A Dra. Margarida ficou dona e senhora de todo o património e o casal divorciou-se — um divórcio à medida, só no papel, apenas para afastar credores da fortuna. Continuaram a viver felizes, com os três filhos, como até aí.
Miguel até acabou por ser nomeado para a administração do Novo Banco, o Banco Espírito Santo ‘bom’.
A vida sorria-lhe. Mas tanta felicidade estava prestes a ruir. Miguel, ainda em agosto de 2014, descobriu, chocado, que a mulher o traía.
Hoje, Margarida Ramos Natário faz parte do coletivo de juízes que está a julgar Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, acusado de corrupção e ocultação de capitais, mais a mulher deste, Alexandra Pinho, pelo crime de fraude fiscal, e ainda Ricardo Salgado, apontado pelo Ministério Público como o corruptor do antigo governante.
Os advogados de defesa entendem que a juíza não está em condições de julgar o caso — até porque o marido, enquanto quadro do Grupo Espírito Santo, fez o mesmo que Pinho e, além disso, a juíza ajudou o pai dos filhos a ocultar o património dos credores.
A Vingança
Rio Tinto terá confidenciado a amigos que conseguiu introduzir um ‘software’ malicioso no telemóvel da mulher.
Teve acesso a todos os conteúdos armazenados no aparelho. Interessavam-lhe as mensagens enviadas e recebidas. Lá estavam as provas, segundo ele, de que a mulher o traía com o juiz Luís Carvalho, também colocado no Tribunal de Sintra, casado com a juíza Mónica Carvalho.
Em vez de tratar do assunto em privado, como manda a prudência, Miguel Rio Tinto, diminuído na honra, preferiu a gritaria ao silêncio.
Conseguiu os endereços eletrónicos de funcionários e de magistrados judiciais e do Ministério Público.
Desatou a enviar-lhes e-mails, a partir de uma conta anónima, a relatar com o requinte dos pormenores as escaldantes cenas de sexo entre os amantes — nos gabinetes de trabalho de um e do outro, nos elevadores do tribunal, em quartos de hotel, no automóvel.
Armou um tão grande escândalo que o caso suscitou a curiosidade e o falatório, entre risinhos marotos e comentários lascivos, de funcionários, juízes e procuradores dos tribunais da Grande Lisboa.
O primeiro e-mail foi enviado pelas quatro da madrugada de 21 de agosto de 2014 à juíza Mónica Carvalho, mulher de Luís Carvalho.
Miguel enviava os e-mails sem remetente, através de uma conta criada no Yahoo — juizesvip4@ —, como se não fosse ele o verdadeiro autor.
O e-mail para a juíza tinha apenas duas linhas de texto: “A p. da MRN anda outra vez a trocar sms e a encontrar-se com o Luís agora que o marido correu com ela de casa”.
Nunca mais parou de mandar e-mails.
Entre finais de agosto e o Natal de 2014, enviou cerca de 80 para os tribunais da Grande Lisboa.
Até informou o Conselho Superior da Magistratura, o órgão superior de disciplina da magistratura judicial, sobre a “devassa” que ia no Tribunal de Sintra: em que país estamos que permite a dois juízes fazerem sexo nos gabinetes de trabalho?
Miguel Rio Tinto, acometido por um imperativo moral, até dava o exemplo de Inglaterra — onde um casal de magistrados, danados para a brincadeira, gastava o tempo de trabalho em malandrices.
Mas os conselheiros — uns, divertidos com os relatos circunstanciados do marido enganado; outros, pura e simplesmente desinteressados — resolveram arquivar o picante caso: não encontraram razão para um processo disciplinar e mandaram os juízes em paz.
Miguel Rio Tinto, ferido nos brios, desapareceu de circulação: fez as malas e foi trabalhar para o Dubai.
Esta informação é baseada em informações publicadas pelo jornal Tal e Qual em Portugal.
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