Felizmente, diz Berta Pinto Ferreira, os tempos estão a mudar e são cada vez menos os que defendem este tipo de abordagem: "Na maioria dos casos, os pais que recorrem à palmada fazem-no num momento de descontrolo, quando já não sabem como resolver uma determinada situação".
A pedopsiquiatra compreende - "Educar é muito difícil e pode, de facto, ser muito cansativo" - mas não desculpa: "Qualquer violência sobre as crianças é errada e bater é um ato de violência, é sempre errado".
"Violência Nunca. Nem física nem verbal nem intimidatória nem humilhante", concorda o pedopsiquiatra Pedro Monteiro.
"Tudo o que seja bater, castigos físicos ou humilhações são inaceitáveis. Sejam em qualquer zona do corpo ou com qualquer intensidade", diz, sem hesitar, à CNN Portugal.
Da mesma forma, a psicóloga Clementina Almeida, especialista em psicologia infantil, é categórica: “Palmada pedagógica é uma forma de dourar a pílula, já que estamos sempre a falar do uso de violência física como forma de disciplinar uma criança.
E a resposta é claríssima: Nunca é aceitável, como não é aceitável o uso de violência em qualquer relação. Bater em crianças ensina-lhes que é aceitável bater nos mais pequenos e mais fracos e quanto mais crianças são agredidas pelos pais e cuidadores (quanto mais vulgar se torna o usa da dita “palmada pedagógica), maior é a probabilidade de elas baterem noutras, incluindo colegas e irmãos.
Quando adultos, aumenta a probabilidade de que batam também nos seus parceiros".
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