Um texto de um estudioso maçon em Portugal, numa abordagem que denominaremos por "MAÇONARIA FALSA". Um Artigo de Opinião do V.M.A.
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RECONHECIMENTO VIRTUAL DE "LOJA INSTALADA"... NO FACEBOOK! ASSIM TAMBÉM EU... SE TIVESSE DESCARAMENTO PARA TANTO.
Confesso que o assunto não me interessa, minimamente, tampouco as invenções do solitário autor de “Obreiros do V Império”, que não passa da página virtual de Facebook, não tendo nenhuma existência efectiva, real, diga-se o que disser.
Conheço o autor mas não fulanizarei, tão-só adiantarei que esse título inspira-se naquele outro do RER, Loja “Quinto Império”, fundada há umas dezenas de anos, por José Manuel de Morais Anes, a qual desconheço se ainda existe ou “abateu colunas”.
Agora diz o autor que a GLDF (Grande Loja de França) reconheceu, no ano de 2014, a instalação da Loja “Obreiros do V Império”, sob o n.º 1526.
Lamento desdizer mas esse reconhecimento é fictício, não existe efectivamente nos documentos assinados da GLDF, que ademais não pode passar cartas-patentes [...]
Ademais, uma Loja instalada só pode fazer a sua propaganda depois de efectivamente instalada, e não antes, como faz, desde há largo tempo, o dito autor.
Esse número 1526 – que considerarei fictício, até a carta-patente da tal “Obreiros do V Império” ser realmente demonstrada – parece-me mais uma data escolhida casualmente, para tal em algum almanaque desfolhado pelo supradito.
“1526 – Num livro escrito por William Bode aparece pela primeira vez a palavra “Free-Mason”, com um sentido especulativo. O livro encontra-se no British Museum. Não confundir esse autor, com o posterior Johannes Joachim Christopher Bode (1730-1793), escritor maçónico de Hamburgo”. – Fonte Masonic News de Montreal, 1957.
Para haver Loja Instalada deve haver um Mestre Instalado.
Ora, tal Loja não existe, nem no RER, nem no REAA, e, tampouco, o autor em questão – ora dizendo-me possuir o 4.º grau, ora o 5.º, ora que grande confusão… – passou por um processo democrático de escolha antecipada de Mestre Instalado pelos Mestres de Grau da Loja Instalada.
“Mestre Instalado” não é um grau, é um cargo que só o Grão-Mestre tem a prerrogativa de reconhecer e eleger, conforme o 8.º Landmark: “VIII – A prerrogativa do Grão-Mestre de criar Maçons por sua deliberação é outro Landmark importante.
O Grão-Mestre convoca em seu auxílio [...]
E o 10.º Landmark é ainda mais claro a respeito: “X – O Governo da Fraternidade, quando congregada em Loja, por um Venerável e dois Vigilantes é um outro Landmark. Qualquer reunião de Maçons congregados sob qualquer outra direcção, como, por exemplo, um presidente e dois vice-presidentes, não seria reconhecida como Loja. [ ...]
Todo o Mestre Instalado recebe a jóia do Venerável Mestre e com ela todos os direitos e deveres do cargo, que não é grau, repito, porque senão seria uma absoluta absurdidade haver numa Loja Regular, dois Tesoureiros, dois Primeiros Vigilantes, dois Segundos Vigilantes, etc., e dois Veneráveis Mestres, onde qual dos dois se sentaria no Trono de Salomão? Não confere.
Quando mais de uma Loja da mesma Obediência se reúnem para trabalhar juntas, apenas um Maçon pode usar os paramentos de Venerável Mestre, e esse é o “Mestre Instalado da Loja”, [...]
[...]
E chega, porque creio que assim fica suficientemente esclarecida a estória de mais uma Loja virtual só de internet ou de "faz-de-conta", de quem se lhe meteu na cabeça que é maçon porque é maçon e alguns gurus de maçonismo de oportunidade e ocasião até aplaudem.
Fica o esclarecimento e cada um que retire as suas conclusões se quiser."
NOTA PESSOAL do X.M - : A Grande Loja de França não pode emitir Cartas Patentes, como se fosse uma Grande Loja, na Origem da Maçonaria, que não o é. Nem esse é o espírito da GLDF. A GLDF não tem qualquer autoridade sobre as outras Grandes Lojas. A GLDF NÃO pratica o cargo de Mestre Instalado. O Grão-Mestre da GLDF não está acima dos restantes Grão-Mestres de outras Obediências, quer em Portugal, quer no mundo. É um entre iguais. Se reconhece, é reconhecido. Como diz um conhecido maçon, aqui citado, "MAI NADA!".
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